História numero 1

08/09/2009 22:39

Abaixo, a história da Fabiane:

 

“Paula,

 

Finalmente aprovaram o Cadastro Nacional de Adoção! Pena que levará muito tempo até ser implantado.

 

Por este motivo, segue minha história…

 

Moramos no Rio Grande do Sul, sou casada e até 2004 tinha dois filhos biológicos, como nós queríamos aumentar a família pensamos em adotar um bebê. Mas para nossa surpresa descobrimos que estava grávida. Toda a gravidez  foi perfeita e tranqüila  até o 5º mês quando entrei em trabalho de parto.

Foi feito cesárea com urgência e a Júlia nasceu perfeitinha com 30 centímetros e 620 gramas, sobreviveu apenas 7 dias. A tristeza tomou conta de tudo e de todos, mas superamos.

Em março/2005 nos inscrevemos para habilitação a adoção e até hoje maio/2009, ainda não nos chamaram.

Neste meio tempo achei que deveria fazer alguma coisa, pois tudo o que queríamos era nossa criança.

Em Julho/2007 fui ao Fórum na minha cidade e pedi cópia autenticada de todo o meu processo de habilitação a adoção.

Com ele em mãos, enviei à 5 estados do Brasil, que aceitavam a documentação por correio.

Para nossa felicidade em Janeiro/2008 nos chamaram para conhecer uma menina de 4 anos em Mato Grosso. Feliz da vida, viajamos mais de 2000 Km (dois mil quilômetros), quando chegamos lá a A. nos rejeitou de uma forma que jamais tínhamos imaginado. Tentamos de todas as formas nos aproximarmos dela e não tivemos sucesso, um amiguinho dela é que não saía de perto de nós, mas estamos tão focados em agrada-la que quase não observávamos as outras crianças. Chorei, sofri tanto quanto a perda da minha filhinha em 2004.

Ao falar com a assistente social para avisarmos que voltaríamos ao nosso Estado, meu marido perguntou se poderíamos tentar com outra criança. Ela nos disse que de 50 crianças abrigadas apenas duas estavam aptas a adoção.  ESSA É A REALIDADE DO NOSSO PAÍS!!!

Mais uma vez fomos surpreendidos, porque além da menina A. , a outra criança era o

amiguinho de 3 anos que estava sempre conosco até nos momentos difíceis que passamos lá…

Após passarmos por todos os trâmites legais, há um ano e dois meses temos nosso filho tão esperado e tão amado.

 

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